quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Protected in Paradise


Capítulo 2 - Open Your Eyes


Justin Bieber P.O.V
– Acorda, acorda! – alguém me sacudia sem parar, caramba, o que está acontecendo? Esfreguei os olhos com as mãos tentando abri-los, pois a claridade do ambiente me incomodava muito – ACORDA!
– Você já acordou? – a garota estava sentada na cama ao meu lado gritando como uma louca.
– Sim! Não tá vendo? Eu não faço ideia de como eu vim parar na sua casa. A gente transou foi?
– Não menina! – indaguei rapidamente me sentando e escorando na cabeceira da cama– Você se jogou na frente do meu carro ontem a noite por isso eu te trouxe pra cá.
– Poxa, a gente não fez nada? – ela era dona de um sorriso maroto, nem parecia à mesma que chorava descontroladamente na noite passada.
– Dormiu bem? – me descobri daquele lençol e me levantei da cama, aquilo era confuso demais.
– Mais que bem, aquele sofá é uma maravilha. – ela virou suas pernas para a direção onde eu estava – O que você acha de eu fazer o café da manhã enquanto você troca de roupa?
– Oh meu Deus! – exclamei constrangido ao notar que eu estava vestindo apenas uma cueca box.
Ela riu da minha reação e saiu do quarto provavelmente para fazer o café da manhã.
Essa garota é maluquinha. Isso eu já percebi.
Olhei as horas no relógio que se encontrava na escrivaninha ao lado da cama. Puta merda! Onze e meia da manhã. O Chaz vai me matar! Eu tô completamente ferrado, minha vida acabou.
Corri pra sala pra pegar o meu celular e suspirei de alívio ao ver a mensagem do Chaz que dizia que a reunião tinha sido adiada para ás quatro por que ele estava tentando conseguir mais detalhes. Eu estava ansioso pra saber de que caso ele estava falando, o que eu teria que investigar dessa vez e melhor ainda, quem eu teria que investigar.
Ele sempre me deixa com os mais complicados e difíceis de decifrar e se resolver. Enquanto os outros diretores de Investigação Criminal ficam com casos que são solucionados em um mês ele me dá casos de seis meses ou até um ano para serem solucionados no mesmo período de tempo. Por quê? Sei lá, por que ele acredita que eu seja o melhor investigador que o FBI já teve o prazer de contratar. Me orgulho disso, assim como a minha mãe se orgulha. 
 Uma vez solucionei um caso reconhecido mundialmente. A prisão de um dos piores corruptos. Ex-presidente do México, que estava praticando extorsão, fisiologismo e lavagem de dinheiro público – o que incluía grande parte dos Estados Unidos. Desde essa missão bem sucedida Chaz tem dado os casos mais importantes pra mim.
Ás vezes é chato, mas é bom ser reconhecido e respeitado pelo seu trabalho, melhor ainda pelo fato de ser tudo completamente anônimo – o que faz com que você não corra nenhum risco de vida.
 Além de ser o meu chefe Charles Somers é o meu melhor amigo. Nós começamos a fazer faculdade de Direito juntos quando ele foi recrutado para o FBI. Nem mesmo eu podia saber disso, nunca entendi por que ele saiu da faculdade sendo que era o grande sonho dele até que um ano depois eu fui convocado também. A essa altura ele tinha se destacado de uma forma inacreditável e agora era um dos Diretores dessa organização reconhecida e temida mundialmente.
Não foi difícil me encaixar lá já que ele me deu todo um suporte. Foi então que eu terminei com a minha ex-namorada, a Emma. Foi horrível, uma das piores coisas que me já me aconteceu. Mas se tem uma coisa que não combina com FBI é romance.
– Você gosta de panquecas, não é? – perguntou a garota entrando na sala com uma concha na mão – Opa! – ela tampou os olhos descuidosamente fingindo fecha-los.
– Não ligo mais. Parece que você gosta de me ver assim. – sorri pelo nariz, ela riu de volta tirando as mãos dos olhos e eu joguei o celular de volta na escrivaninha voltando pro quarto.
Havia algo naquela garota que me atraia e muito, fora a sua beleza que nem vamos discutir aqui. É como se a cada segundo eu descobrisse algo de diferente nela, o tipo de pessoa que é tão misteriosa e tão – ela – ao mesmo tempo.
Um poço de beleza e encantamento.

Adentrei o banheiro e ao olhar no espelho me assustei com o estado em que o meu cabelo se encontrava. Sou muito chato pra essas coisas de beleza, gosto de andar arrumado o tempo inteiro e naquele momento o meu cabelo parecia um pedaço de Bombril que nunca foi usado.
Abri a torneira e o molhei um pouco, depois passei gel e o desarrumei espalhando os fios. Escovei os dentes, lavei o rosto pra tirar aquela cara de sono e voltei para o quarto deixando a porta do banheiro aberta. Coloquei uma roupa do tipo que costumo usar durante o dia – exceto quando vou trabalhar.
No exato momento em que estava passando perfume senti um cheiro de queimado. Porra! Esqueci que tem uma louca na minha cozinha!
 Sai correndo até lá e me deparei com um fogão cheio de gordura e algumas panquecas no chão aonde também havia uma frigideira.
– Merda! – ela murmurou se abaixando para pegar a panela.
– Deixa que eu faço isso. – me agachei e a ajudei a jogar as panquecas no lixo.
– Eu sou um desastre na cozinha. – confessou ela lavando as mãos com o detergente da pia.
– Não foi nada demais. – menti, hoje era o dia de folgada da Nanny, a empregada.
– Eu vou limpar o chão, droga, desculpa mesmo. – seus dedos se moviam rapidamente, ela estava nervosa.
– Ei, tá tudo bem. – segurei seu braço parando-a por um segundo. – Olha só, vamos comer sucrilhos com leite, é o melhor café da manhã de todos, vai por mim.
– Achei que você não gostava de sucrilhos. – ela se sentou no balcão da cozinha me observando arrumar o nosso “lanche”.
– Por que não? É uma delicia, sabia?
– Sabia. – ela apoiou os cotovelos na bancada e descansou seu queixo em suas pequenas mãos – Eu como quase todos os dias, mas achei que um cara como você não ia querer comer isso.
– Um cara como eu? – questionei colocando o sucrilhos na pequena vasilha de vidro.
– É. – ela me ajudou colocando o leite – Independente.
– Só me mudei da casa da minha mãe, ainda sou um completo inexperiente. Pra você ter noção, eu só almoço comida de verdade quando a Nanny está em casa ou quando minha mãe vem me visitar.
– Poderia oferecer ajuda, mas você já deve ter percebido que eu não levo muito jeito pra coisa. – ela comeu uma colherada cheia de uma vez só me fazendo rir.
– Tá vendo, já temos algo em comum. – guardei o resto do sucrilhos no armário e coloquei o leite na geladeira, depois peguei minha vasilha em cima balcão – Vem, vamos pra sala.
Ela riu e se levantou seguindo atrás de mim, o canto de sua boca estava melado de leite, aquilo era engraçado. Ela se sentou no sofá e apoiou suas pernas na mesinha que ficava no centro da sala. Fala sério, eu fazia a mesma coisa.
 Liguei a tevê e me sentei ao seu lado, ela parecia não comer a anos por que engolia tudo sem nem mastigar direito.
Uma princesa sem modos. Eu gosto disso.
– Você deve estar me achando uma louca né? – seus olhos me fitaram com curiosidade.
– Pouquinho. – respondi rindo – Não é todo dia que eu trago uma garota tão linda e bêbada pra casa.
– Ah é? – ela riu – Aposto também que não é todo dia que te acordam do nada e destroem a sua cozinha.
– Definitivamente.
– Eu vou matar a Stacy. – pigarreou fazendo uma careta – Não acredito que ela me deixou sozinha ontem.
– Eu não entendi o que aconteceu.
– Eu só me lembro que dei a garrafa de vodca pra ela segurar, ai eu comecei a dançar como uma louca e ai do nada ela não estava mais lá, foi então que me dei conta de tudo, uns homens tentaram passar a mão em mim mas eu desci da mesa correndo e sai lá pra fora, acho que foi nesse momento que eu me joguei brutalmente na frente do seu carro.
– Então foi isso? – coloquei a vasilha em cima da mesinha, não estava com fome – E a propósito não era vodca, era tequila.
– Era você, não era? Eu me lembro de ter te visto ainda lá dentro.
– Sim, eu te vi quando estava saindo.
– Nossa! Você me viu daquele jeito?  Deve estar achando que eu sou uma vadia.
– Não, está tudo bem. – garanti me acomodando naquelas almofadas – Mas você ainda não me disse o seu nome...
– Ah, que besteira a minha. Meu nome é Candice, mas pode me chamar de Candy – ela tinha nos lábios o seu melhor sorriso – E o seu?
– Eu sou Justin, Justin Bieber.
– Prazer em conhecê-lo Bieber. – ela reforçou meu sobrenome – Você mora em Jacksonville há muito tempo? Não tem cara de americano.
– Como você adivinhou? – chegou certo momento em que eu não conseguia parar de sorrir, era incrível como ela era adorável – Eu sou canadense.
– Canadá e os seus atributos. – ela tirou suas pernas de cima da mesa e as encolheu abraçando seus joelhos sem desviar os olhos de mim – Mas agora me diz uma coisa, está gostando daqui?
– Moro aqui tem pouco tempo, só um ano e meio.
– Melhor que a vida inteira. – seu tom demonstrava aborrecimento em morar aqui – Legal mesmo seria Califórnia.
– Praias?
– Surfistas, festas loucas e insanas, muitos homens gostosos iguais a você e as melhores bebidas. – ela parecia vislumbrar cada palavra pronunciada por seus lábios rosados.
– Patricinha de Jacksonville querendo curtir a vida adoidada? – dei risada – Eu já tive a sua idade!
– Ah qual é, quantos anos você acha que eu tenho?
– Dezessete? – chutei.
– Nada disso mocinho.
– Dezesseis?
– Que isso! – protestou.
– Não vai me dizer que tem quinze anos?
– Eu tenho dezenove gato. Deveria ter notado pelo meu corpo sexy.
– Uow, dezenove? Dá pra me explicar por que seu pai fica tão irritado quando você sai então?
– É uma longa história, outro dia eu te conto. Posso comer o resto do seu sucrilhos? – seus olhos demonstravam uma fome insaciável.
– Pode comilona. – peguei a vasilha e coloquei em suas mãos.
– Obrigada. – ela esticou as pernas com um sorriso no rosto, o mesmo de uma criança quando ganha uma balinha – Sempre que eu bebo fico com muita fome.
– Engraçado, eu perco totalmente a fome.
– Não temos isso em comum. – ela riu divertida se deliciando daquele sucrilhos – Mas e você, tem quantos anos?
– Só vinte e um, ainda sou um bebê.
– Você só é dois anos mais velho que eu, nós podemos transar sabia?
– O que? – arregalei os olhos.
– Brincadeira, brincadeira. – ela deu um tapinha no meu ombro.
Candice terminou de comer e acho que só não lambeu a vasilha por que eu estava ali. Depois ela se levantou e pegou as duas vasilhas pra levar pra cozinha. Acho que ela lavou por que demorou algum tempo pra que ela voltasse à sala lambendo os dedos que estavam sujos de chocolate.
– Minha marca preferida! – comentou sapeca olhando pras fotos espalhadas pela sala – Sua irmã?
– Não. – disse rindo – É a minha mãe. Por que todo mundo acha que ela é minha irmã?
– Por que ela é muito gata. E essas duas coisinhas lindas, quem são?
– Minha irmãzinha e meu irmão, Jaxon e Jazmyn.
– Engraçado, seu cabelo era tão lisinho...
– É, durante o colegial, mas depois mudei o corte, os garotos invejosos estavam começando a me copiar.
– É mesmo senhor convencido? – ela riu pegando outro porta retrato onde eu estava com meu pai.
– Esse é o Jeremy, é o meu pai.
– Ele tem cara de mal. – ela colocou o porta-retrato de volta na mesinha.
– Não, ele não é mal. Ele é ex-lutador de UFC, mas não é mal não, ele é incrível.
– Você não os vê com frequência?
– Eles moram em Toronto, mas meu pai é separado da minha mãe. De vez em quando minha mãe traz as crianças aqui. Ela os considera como filhos também, ás vezes quando meu pai tem tempo ele vem também. Têm uns quatro meses que eu não vou ao Canadá.
– Por que se mudou pra cá? – ela se sentou novamente no sofá.
– Bom, foi preciso. – respondi naturalmente, existem coisas que ela não pode saber. As vezes eu acabo me esquecendo de que sou um agente do FBI.
– Entendi. E você tem namorada?
– Não, eu não tenho. Você tem namorado?
– Meu irmão espantou todos eles e o último acabou se suicidando. – meus olhos se arregalaram e então ela soltou aquela sua risada gostosa – Brincadeira gatinho! Relaxa você se assusta a toa.
– Que medo de você Candy.
– Caramba, eu tenho que ir pra casa, meu pai deve estar me procurando, minha mãe deve estar maluca e o meu irmão já deve ter chamado a gangue dele pra ver se eu não estou com nenhum vagabundo.
– Vou te levar pra casa – ri do seu desespero – Só vou pegar a chave do carro.
Peguei as chaves e vesti uma jaqueta de couro. Passei mais perfume e depois voltei pra sala.
Candy estava parada perto da porta, tinha desligado a tevê e usava uma de suas mãos para jogar sua franja pro lado. Porra, como ela é sexy!
– Pronto Justin? – ela sorriu largamente, eu estava do outro lado da sala hipnotizado por sua beleza – Justin, tá ai?
– Ah, claro, tô pronto, tô sim. – me dispersei daqueles pensamentos maliciosos e caminhei até a porta, passei meu braço pelo seu ombro enquanto caminhávamos para o elevador.
O Charlie deu uma piscadinha maliciosa e murmurou um ' Tô de olho' baixinho quando passei pela portaria em direção a garagem.
– Uow, nós vamos de Ferrari? – Candy sorriu maravilhada quando eu destravei a porta.
– Óbvio gata!
Entrei no carro.
– Que mal educado, devia ter sido um pouco mais cavalheiro e ter aberto a porta pra mim. – reclamou ela fazendo um beicinho.
– Desculpa, mas a porta já estava espremida na parede, não íamos caber ali.
– Aposto que ia! – seus olhos exalavam o duplo sentido de suas palavras.
– Anda, coloca o cinto.
– O que? – ela estava indignada.
– Acredite, não vai querer andar de carro comigo sem cinto.
– Tá. – ela bufou e fez o que eu pedi.
Dei ré a 80 km por hora e quando freei bruscamente na rua seu corpo foi jogado pra frente sendo segurado pelo cinto de segurança e ela me olhou com um largo sorriso murmurando um grande 'UOW'.
Ri daquilo e sai a 160 km naquela avenida. Ela me disse que morava no Riverwalk que é se eu não me engano o bairro mais luxuoso daquela cidade, isso despertou a minha curiosidade em conhecê-la. Não pelo dinheiro, isso eu tenho de sobra. Mas o porquê de ela estar naquela boate, isso não fazia o menor sentido, não fazia o seu perfil social apesar de mentalmente ela ser quase retardada. Alguns poucos minutos depois ela me mandou parar em frente a uma enorme mansão.
– Tem certeza que é aqui Candice? – perguntei pela terceira alternando meu olhar entre ela e a mansão várias vezes seguidas.
– Eu já disse que tenho. – ela riu abrindo a porta do carro – Obrigada por ter cuidado de mim.
– Não foi nada.
– Olha aqui... – ela abriu o porta-luvas e pegou uma caneta e uma folha de papel onde escreveu alguma coisa – Esse é o meu número. De qualquer forma você sabe aonde me encontrar.
– Ah, claro. – guardei o papel no bolso.
– Até mais então! – ela sorriu. Aquele mesmo sorriso hipnotizante. De repente se aproximou de mim e depositou um beijo molhado e demorado na minha bochecha. Em seguida desceu do carro, fechou a porta e ajeitou o vestido.
Dei partida após vê-la adentrar a grande mansão cercada por seguranças. Talvez eu nunca mais fosse vê-la. Por que um agente como eu não pode se envolver com uma garota assim. Não pode se envolver com garota nenhuma.

2 comentários:

Precisamosconversar disse...

awn perfect continua gata

Unknown disse...

PER-FECT esse capituloooo...ameiiicontinua please bjoooswaggy