terça-feira, 29 de outubro de 2013

Protected in Paradise

Capítulo 18 - I love you



Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - Protected in Paradise - Capítulo 18 - I love you


Candi P.O.V
- Justin a roupa nem está tão curta assim, para de pirar! - reclamei ajeitando o meu cabelo enquanto olhava no espelho.
- Você não vai sair assim, olha só as suas pernas Candi!
- E dai? Não tem nada demais nessa saia.
- Exatamente, está faltando! - ele se levantou abaixando a saia- Faltando pano.
- Você é muito besta! - ri pelo nariz.
- Olha só esse decote, parece até que seus peitos vão saltar dai de dentro.
- Nossa, que exagero cara! - caminhei até o closet e peguei uma jaqueta - Agora ficou melhor? Podemos ir?
- Não Candi, se você não trocar de roupa nós não vamos a lugar nenhum.
- Porra Justin! - bati a bolsa na escrivaninha com raiva.
Ele cruzou os braços e se sentou na ponta da cama fazendo cara feia. Chutei a porta do closet e troquei a merda da roupa. Coloquei uma blusinha amarela de manga e uma calça branca, eu odeio sair assim durante o dia, é tão desnecessário. Justin é muito idiota, o que tinha demais naquela roupa? Nada, nada mesmo. Ele deu um sorrisinho vitorioso quando me viu saindo do closet. Eu queria matar aquele garoto.
- Satisfeito? - arqueei a sobrancelha bolada.
- Essa é a minha Candi! - ele riu e me abraçou pela cintura- Por que você é só minha.
- Idiota. - resmunguei passando na frente dele.
Não tinha ninguém em casa além dos funcionários. Avisei pra Zoe que ia sair com o Justin e nós fomos até o carro que estava no estacionamento. Eu não fazia ideia de pra onde ele me levaria, até por que era uma manhã de segunda-feira, era um feriado. Já tinha mais de meia hora que a gente tinha saído de casa e não tínhamos trocado nenhuma palavra, ele apenas pousava sua mão em minha coxa quando não estava trocando de marcha. Era um silêncio bom, não incomodava nem um pouco.
- Hoje está calor né? - ele me olhou por um breve segundo.
- Tá.
- E o que você faz quando tá calor?- ele pressionou minha coxa com mais força rindo.
- Justin você quer transar agora?
- Credo Candice! - ele tirou a mão da minha coxa- Como você é pervertida!
- Fica falando de calor ai.
- Diferente de você, eu vou a soverteria quando estou com calor! - ele disse me fazendo rir assim que estacionou o carro em frente a uma sorveteria gigantesca.
Nós descemos do carro e ele pegou minha mão, isso me fez estremecer, era a primeira vez que saíamos juntos, tipo juntos mesmo. É tão estranho, quer dizer, eu fico tentando acreditar que é mesmo real, que sonhos se tornam realidade. As mulheres olhando pra ele e podendo ter a certeza de que é meu, é meu e de mais ninguém. Nós nos sentamos em uma mesa de uma varanda, o vento soprava forte lá o que deixava tudo mais agradável. Logo uma garçonete veio anotar nossos pedidos, mas a garota estava com um decote do tamanho do céu, como podem permitir que ela vista um uniforme assim? Ela mordeu os lábios ao perguntar para o Justin o que nós íamos querer.
- Amor você quer de que? - ele perguntou sorrindo como se a garota nem existisse.
- Pode ser qualquer coisa. - falei revirando os olhos.
- Milk Shake, o que acha?
- Tá ótimo. - falei olhando pra ele, não queria ver aquela vadia.
- Pode ser dois Milk Shakes médios de morango então.
- Ok gato. - falou a garota anotando o pedido com cara de safada.
- Eu não quero sair com você Justin, eu quero ficar em casa pra sempre, essas mulheres de hoje em dia não podem ver homem que caem matando! - bufei.
- Que isso amor, eu sou todinho seu. - ele esbarrou sua cintura no balcão quando veio me dar um selinho.
- É mesmo? - sorri maliciosa- Hum, achei isso interessante.
- É - ele se levantou - Agora deixa ir ali rapidinho.
- Aonde? - perguntei confusa.
- Esqueci de pedir pra colocar calda...
- Não precisa.
- Mas eu quero calda.
- Justin...
- Confia em mim porra, eu só vou pedir uma calda!
- Então vai caralho! - cruzei os braços desviando os olhos dele e ele saiu sem falar nada.
Não devia era ter saído de casa, que saco, parece que sempre dá tudo errado, parece que tudo conspira contra nós. Se o mundo tivesse menos putas talvez fosse mais fácil. Ele demorou uns dez minutos pra voltar, sabe o que é dez minutos? Ele conseguiu me irritar de verdade, eu já estava quase pegando a minha bolsa e indo embora de táxi. Mas ai ele finalmente apareceu me olhando todo sorridente. Eu não entendi aquilo, aliás, eu não entendi por que a gente tinha que sair numa tarde chata como aquela. Ele apenas se sentou de volta no seu lugar sem dizer nada. Nunca ficamos tão sem assunto na vida.
Ele começou a rir vendo algumas coisas no celular. Eu estava com tanta raiva cara, por que ele faz isso? Me chama pra sair, essas putas ficam dando em cima dele, me deixa sozinha, dai ele volta e fica mexendo no celular? Vai se foder. Eu queria ir embora, queria ir embora naquele exato momento. Batia os dedos em cima da mesa impacientemente quando um garçom apareceu, ele tinha os cabelos negros bem desgrenhados, era ajeitado o rapaz. Ele colocou o meu Milk Shake e o do Justin em cima da mesa, parecia estar congelando, uma delicia. Mas o que me surpreendeu foi uma caixa amarela que ele colocou ao lado do meu Milk Shake. Olhei confusa para aquilo, não estava entendendo nada.
- Pra que isso? - perguntei encarando aqueles olhos acinzentados.
- É um presente para a Srta. Mackenzie!
- Sou eu. - ri pelo nariz- Mas por quê? Quem mandou?
- Cortesia da casa por causa do feriado.
- Ham?
- Espero que você goste. - ele se retirou dando uma piscada para Justin que continuava mexendo no celular despreocupadamente.
- Esse cara é doido! - falei rindo e observando a caixinha linda em minhas mãos - Olha só o que ele trouxe pra mim.
Justin nem fez questão de olhar pra mim, era como se nada fosse tão interessante como as coisas que ele via no celular. Balancei a cabeça irritada por sua ignorância e então pressionei a caixa com violência em minhas mãos. Mas ela era dura, não amaçou nem um pouco. Devia ser uma balinha ou algo assim. Suspirei e abri sem ânimo algum, e ao ver que tinha outra caixinha amarela dentro dela fiquei mais desanimada ainda. Porém abri a outra caixinha e arregalei os olhos ao ver um anel de brilhantes que reluzia resplandecentemente, ele era prata e tinha um coração com pedras douradas, rodeado de strass. Fiquei simplesmente sem expressão. Por que eles me deram isso? Não fazia sentido nenhum, aquele joia devia ser caríssima. Justin arqueou uma sobrancelha para fitar minha expressão e então eu retirei o anel de dentro da caixinha, tinha um bilhete logo mais abaixo, o abri rapidamente.
“Quer namorar comigo marrentinha? - J”.
Meu queixo caiu. Só então pude perceber que tinha o nome dele no anel, o nome do Justin. Caramba, era inacreditável. Aquele idiota conseguiu me enganar, eu estava simplesmente sem reação. Sim, esse foi um dos únicos momentos na minha vida em que as palavras simplesmente fugiram. Olhei para ele com os olhos arregalados e ele estava sorrindo como um bobo, aquele sorriso perfeito, aquela covinha, aquelas pintinhas quase imperceptíveis em seu rosto, a perfeição era a única palavra que o descreveria naquele momento.
- J-Justin! - gaguejei.
- Não vai responder? - ele riu se levantando e se ajoelhou ao meu lado - Eu acho que eu mereço um sim.
- Não acredito que você fez isso! - tinha um sorriso largo nos lábios.
- Maluquinha Mackenzie tu quer ser minha namorada? - ele colocou o anel no meu dedo- Por que olha eu já sei que sou doido por estar fazendo isso levando em consideração de que você é uma pirralhinha mas a verdade é que eu sou doido em você Candi, você vira o meu mundo de pernas pro ar, eu penso você, penso muito em você, eu quero ficar do teu lado, quero te ajudar nos momentos que tu precisar e quero ser o teu porto seguro, quero te proteger, te mimar, brigar contigo quanto tu fizer besteira, o que é inevitável. - ele riu - Sei lá, só quero ser o único homem da sua vida.
- Eu te amo bobão, eu te amo demais. - pulei no pescoço dele e acabamos caindo no chão despertando a atenção de todos que ali estavam.
- Isso quer dizer um sim? - perguntou rindo quando nos levantamos.
- Isso quer dizer mil vezes sim! - selei nossos lábios - Pra sempre.
- Amor tem um parque ali na esquina, o que acha de andarmos lá?
- Vamos ué.
- Tá, só vou pagar a conta.
Ele se virou com seu Milk Shake na mão e eu peguei o meu e tomei um pouquinho. Estava bem gelado, muito delicioso. Mas eu não conseguia raciocinar direito, só conseguia pensar em como eu estava feliz, eu queria sorrir até pras paredes, por que a felicidade dentro de mim era tão grande que eu precisava compartilhar com o mundo. Que ele era tudo pra mim, que ele era tudo o que eu precisava e que aquilo nunca iria ter um fim. Quando ele voltou entrelaçamos nossas mãos e saímos da sorveteria a caminho do parque que já podia ser visto, fica a menos de duas quadras dali. Era um parque lindo, a grama era tão tão tão verdinha que parecia cenário de filme. Arrisco a compara-la com a grama do Central Park de Nova Iorque.
- Justin eu ainda quero entender por que ela vai ter que ficar no seu apartamento! - reclamei me referindo a Emma, sua ex-namorada irritante que resolveu aparecer.
- Candi é você que eu amo, ela faz parte do meu passado.
- Se fizesse mesmo ela não estaria no seu presente.
- Eu não pedi pra ela aparecer tá bom? - falou soltando minha mão - E ela só vai ficar lá em casa até arrumar um apartamento.
- Aposto que ela vai fazer o possível pra isso demorar anos.
- Candi para com isso! - pediu irritado- Poxa, eu tô com você, eu amo você.
- Eu me sinto insegura. - falei abaixando o olhar- E você não coopera, tem uma vadia no seu apartamento a cada cinco segundos.
- Elas não são vadias, elas são a minha vizinha e a minha ex-namorada.
- Ah é? - ri debochada - E você sabe o que os filmes dizem sobre vizinhas e ex-namoradas?
- Não, e isso não importa por que isso aqui não é um filme, é vida real e eu sou seu.
- O que você disse? - deixei escapar um sorriso - Repete...
- Eu disse que eu sou seu! - ele sussurrou em meu ouvido me deixando toda arrepiada.
Ficamos no parque por pelo menos meia hora e depois fomos embora pra casa. Durante o caminho permanecemos em um clima apaixonado, eu preciso dizer que era completamente surreal o fato de eu e ele estarmos juntos e eu estar com um anel que ele me deu? Justin parou o carro na garagem onde o papai estava com o Collin. Eles pareciam discutir, estavam gritando um com o outro. Me assustei ao ver a cena, Justin não estava diferente. Assim que eles nos viram pararam de brigar.
- Filha, você chegou! - papai disse receoso.
- Sim, nós fomos a sorveteria. - falei ainda estranhando - O que aconteceu?
- Como assim o que aconteceu? - Collin perguntou.
- Vocês estavam brigando!
- Não, está tudo bem- ele garantiu.
- Collin você estavam discutindo, eu vi! - afirmei - Pai o senhor estava todo nervoso.
- São só negócios, problemas, entendeu? Tô estressado, depois a gente se fala.
- Mas pai...
- Candice eu disse depois a gente se fala!
- Que saco! - bufei caminhando para a porta de entrada depois que ele entrou no carro com o Collin.
Justin seguiu atrás de mim. Minha mãe estava sentada no sofá com as mãos no rosto, quase não podia escutar, mas ela chorava baixo apoiando os cotovelos em suas pernas. Aquilo partiu o meu coração.
- Mãe! Mãe o que aconteceu? - me agachei ao seu lado.
- Candice? - ela levantou a cabeça enxugando as lágrimas- Não aconteceu nada querida.
- A senhora está chorando...
- Não. - ela segurou meu braço - Eu estou bem, são só negócios.
- É o que vocês sempre dizem. - resmunguei- Por que o Collin pode saber de tudo e eu não?
- Por que não é nada demais. - ela finalmente notou a presença do Justin - Oi Bieber!
- Boa tarde Srta. Mackenzie! - Justin lançou um meio sorriso pra ela- Está tudo bem mesmo?
- Está sim, é sério. O que acha de levar a Candi lá pra cima? Minha cabeça está doendo.
- Tudo bem, vamos Candi! - ele puxou meu braço para que eu me levantasse.
- Mãe não vai mesmo dizer?
- Eu já disse, não é nada Candi. - ela garantiu recuperando seu humor de sempre.
- Tá, sei. Qualquer coisa me chama tá bom?
Ela assentiu com um sorriso triste e forçado. Justin entrelaçou sua mão em minha cintura e a outra no ombro e fomos para o meu quarto. Eu estava realmente preocupada, eles estão estressados sempre, quase todos os dias, o que diabos está acontecendo? Por que eu não posso saber? E só achei que fizesse parte da família, eu tenho esse direito também. Justin me encostou na parede fria e fechou a porta trancando a mesma o que despertou em mim um sorriso malicioso. Suas mãos seguraram meu rosto e nossos lábios logo se encontraram.
Permiti que sua língua quente invadisse minha boca de imediato, a sintonia era inacreditável, era um beijo calmo, lento, apaixonado, aqueles beijos em que dá pra sentir todas as sensações, as melhores sensações. Ele então começou a dar leves mordidas na minha língua sugando-a lentamente, chupei seu lábio inferior retrucando e ele riu colando ainda mais nossos corpos. Suas mãos deslizaram-se até a minha coxa e o seu toque me fez estremecer dos pés a cabeça. Eu ainda não sei descrever essa sensação, a de quando ele me toca, isso muda tudo, eu perco a razão, perco o sentido, e só ele, só ele passa a existir pra mim.
Justin parou suas mãos em minha cintura apertando as laterais com força enquanto seus lábios chupavam meu pescoço, eu estava indo a loucura, ele começou a puxar minha calça e eu o ajudei desabotoando os botões de sua camisa xadrez. Seu peitoral logo estava desnudo, sarado e sexy. Mordi os lábios passeando minhas mãos por todo aquele tanquinho e mordi novamente seu lábio inferior puxando seus braços para envolta de minha cintura. Ele riu travesso e me segurou no colo, passei minhas pernas em sua cintura e coloquei meus braços em volta de seu pescoço. Nossos lábios se encostaram novamente agora de forma selvagem e ele caminhou até a cama em um ato desesperado por sexo.
Eu se quer vi quando ele arrancou minha blusa e a jogou em qualquer canto daquele quarto, eu mal conseguia raciocinar direito, eu só queria tê-lo dentro de mim, eu estava completamente submissa e entregue a ele. Justin abriu o meu sutiã com um sorriso maroto nos lábios e então ele começou a lamber ao redor do bico de um dos meus seios que rapidamente ficou duro, era muito bom, eu dava leves gemidos fechando os olhos e então ele começou a suga-los enquanto uma de suas mãos estimulava minha intimidade. Oh Deus, aquilo era demais! Minha amiguinha já estava toda molhada, ele estimulava meu clitóris com tanta rapidez que não demorou menos que 45 segundos para eu chegar ao meu primeiro orgasmo.
- Aw Bieber, você é muito bom nisso! - gemi em seu ouvido quando ele puxou minha calcinha mordendo os lábios.
Ele riu safado e tirou sua calça ficando apenas de Box. Em seguida ficou por cima de mim novamente, ele deu a língua pedindo passagem e então começou a explorar cada canto da minha boca depois que ela foi concedida. Seu pal roçava em minha intimidade me fazendo arfar, essas preliminares me deixam doidas. Seus beijos foram descendo, ele lambeu a minha virilha mordendo-a de leve e então abocanhou minha vagina que já estava umedecida. Um grito de prazer ecoou pelo quarto enquanto sua língua brincava com meu clitóris, mordi os lábios com força tentando amenizar a vontade enorme que eu tinha de explodir, mas estava ficando cada vez mais impossível. Sua língua penetrou minha vagina e eu me contorci de dor sem acreditar que era possível existir algo melhor que isso no mundo, ele apertava minhas coxas e sua cabeça fazia vários movimentos enquanto sua língua se aprofundava cada vez mais em minha vagina. Assim que atingi o prazer ele subiu pra cima sorrindo sapeca e beijou minha testa que estava suada, ele tirou os cabelos grudados colocando-os atrás da orelha e beijou lentamente os meus lábios. Abri os olhos vendo o seu sorriso, foi involuntário sorrir de volta.
Segurei sua nuca puxando ele para mais perto, mordi o lóbulo de sua orelha sussurrando algumas perdições em seu ouvido. Ele riu safado passando suas mãos por debaixo das minhas costas colando ainda mais os nossos corpos. Meus seios tocavam seu peitoral assim como as nossas intimidades que eram separadas apenas por sua Box. Estávamos completamente entregues aquele momento, por mim eu nunca mais pararia. Eu tentava recuperar o compasse da minha respiração que ainda estava ofegante, suas mãos deslizavam por todo o meu corpo como se a cada segundo ele descobrisse uma nova parte dele. Seus toques, seus beijos, seu cheiro, aquilo me deixava maluca. Eu me sentia completamente vidrada naquele ser dos olhos castanhos, como se eu estivesse presa a ele para todo o sempre.
Puxei sua cueca para baixo e ele terminou de tira-la e jogou no chão. Seu pênis enorme estava ereto, quase explodindo. Sorri maliciosa ao vê-lo, eu queria fazer alguma coisa com ele, quer dizer, eu queria por a minha boca e me deliciar com ele, mas eu não tinha essa coragem, quer dizer, eu não sabia como fazer aquilo. Justin se deitou novamente em cima de mim o que afastou aqueles pensamentos, ele segurou a base de seu pênis e começou a roça-lo em minha intimidade, gemia baixo em seu ouvido e ele se sentia fodão ao ouvir minha voz tremula, eu estava quase implorando pra ele parar de me torturar quando ele finalmente penetrou em mim. Chega de preliminares, ele foi direto ao ponto, suas entocadas eram violentas, era apenas a segunda vez que eu fazia aquilo, minha vagina ainda era super apertada e aquilo parecia ser a melhor sensação do mundo pra ele, doía um pouco, mas eu não queria reclamar por que era a melhor dor que eu já tinha sentido em toda a minha vida, aliás, eu poderia sentir isso para sempre e nunca em hipótese alguma reclamaria.
Eu arranhava suas costas e ele pressionava seus lábios contra o meu para abafar os gemidos, ele estava penetrando cada vez mais rápido. Logo senti seu líquido quente sendo derramado dentro de mim, mas ele não parou, continuou penetrando até a minha vagina mastigar seu pal indicando que eu tinha chegado ao orgasmo pela quarta vez. Joguei a cabeça para trás tentando controlar a respiração, ai meu Deus eu tinha chegado a todos os meus limites. Ele tirou seu membro de dentro de mim, agora seus cabelos loiros escuros também grudavam em sua testa, ele beijou meus lábios suavidade e a sua respiração descompassada ainda me fazia tremer. Olhei em seus olhos sorrindo bobamente e por um segundo desejei que o tempo parasse que aquele momento se congelasse por toda a eternidade. Ele caiu para o outro lado da cama demonstrando cansaço e eu me aconcheguei em seu peitoral, ele me abraçou e beijou o topo de minha cabeça, puxei o lençol branco e fino tapando nós dois, apesar do calor imenso nós estávamos nus. Eu não sei o que aconteceu depois, adormeci ali em seus braços, protegida no paraíso.
Justin P.O. V
Meus braços a envolviam por completo, eu piscava os olhos freneticamente tentando me acostumar com a claridade alaranjada que invadia o quarto pela janela que estava aberta. Olhei para ela novamente, Candi dormia um anjo, sim, como um anjo que ela parece ser quando está de olhos de fechados. Nós tínhamos transado pela segunda vez e eu tentava encontrar na minha memória qualquer outra transa mais foda do que aquela. Mas era impossível encontrar, aquela garota tinha o poder de me deixar doido, alucinado e eu tinha chegado a um ponto em que era impossível recuar, eu precisava dela, era ela, era somente ela. Me desvencilhei de seu corpo com todo o cuidado para que ela não acordasse. Encontrei minha Box em baixo da cama e soltei uma risada abafada ao ver a sua calcinha rasgada no meio do quarto. Vesti minha calça e peguei o meu celular, já era mais de quatro horas da tarde, eu tinha que ir embora. Após vestir a camiseta fui até o banheiro ajeitar o meu cabelo molhando alguns fios para refazer o topete. Quando voltei para o quarto à danadinha estava escorada na cabeceira da cama com os cabelos bagunçados e uma cara de sono que a deixava tremendamente engraçada.
- Acordou dorminhoca! - apoiei os dois braços no coxão e me curvei para beija-la.
- Que horas são? - sua voz saiu quase imperceptível.
- Hora de eu ir embora! - falei me esquivando.
- Que isso amor! - disse manhosa - Fica aqui comigo!
- Não Candi, eu não posso.
- Por quê?
- Trabalho da faculdade. - menti - Olha, você tem que estudar também, amanhã você tem aula.
- Você sabe que eu já passei em todas as matérias e agora só falam sobre a formatura.
- Ótimo, então escolham o melhor bufê! - me levantei da cama.
- Amor, vem cá! - ela me puxou de volta - Tem certeza que precisa ir? - ela soltou o lençol deixando a mostra seus fartos seios desnudos.
- Eu tenho que ir Candice! - desviei o olhar - Eu vou te buscar na escola amanhã.
- Mas amor...
- Não insiste, eu preciso mesmo ir.
- Tá. - ela bufou.
- Mas eu te amo tá chatinha? - me virei pra ela e mordisquei de leve seu seio esquerdo a fazendo rir - Não se esquece de tomar o ante concepcional, eu coloquei em cima da escrivaninha!
- Aham. - ela sorriu sapeca - Vai mesmo me buscar?
- Eu prometo que sim.
- Vai ser lindo! - ela disse se levantando nua em direção ao banheiro - As meninas vão morrer de inveja de mim!
- É só com isso que se preocupa? - perguntei num tom alto para que ela ouvisse.
- Não, mas é uma ótima sensação, saber que você tem o que todas querem.
Dei risada.
- Candi você é uma figura!
- E você é um gostoso! - ela saiu do banheiro e se sentou no meu colo colocando uma perna de cada lado.
- Vai trocar de roupa! - murmurei baixo, seus seios estavam na minha cara.
- Na verdade eu queria que você ficasse mais um pouco...
- Candi! - ela me olhou - Eu te amo.
- Eu também te amo! - ela sorriu e segurou minha nuca, seus doces lábios pediram passagem e eu fechei os olhos sentindo sua língua invadir minha boca calmamente para que ambos sentíssemos tudo que aquele beijo pudesse nos proporcionar - E pra provar isso, vou deixar você ir.
- Obrigada por ser tão compreensiva! - falei a fazendo rir.
- Mas amanhã você vai dormir aqui em casa entendeu?
- Tá louca? - arregalei os olhos- Candi seu pai não nos deu essa liberdade...
- Meu pai não tá nem ai pra nada, você viu só como ele te idolatra? Até parece que ele gosta mais de você do que de mim.
- Você é mesmo muito exagerada! - exclamei rindo, até por que era tão irônico o que ela tinha dito uma vez que porra, eu estava infiltrado ali para investigar ele, para descobrir seus podres e coloca-lo atrás das grades. Thomas Mackenzie, você está confiando no cara errado. Ponto pra mim.
- Vai dormir aqui né? - ela saiu de cima de mim caminhando até o seu closet.
- Vou ver! - disse me levantando da cama e a seguindo até lá.
- Por favor, Justin! - ela tinha acabado de colocar um sutiã.
- Eu já disse que vou ver! - puxei sua cintura contra meu corpo antes que ela colocasse a calcinha que estava em suas mãos, então beijei seus lábios rapidamente-Agora eu tenho que ir!
- Quando chegar em casa me manda SMS e não olhe e nem converse com aquela vadia que veio do Canadá. - ordenou fazendo careta.
- Me diz como eu não vou conversar com ela se ela está morando na minha casa? - perguntei rindo dos ciúmes exagerados dela.
- Se vira! - resmungou procurando por uma blusa.
- Vou ver o que posso fazer a respeito! - disse e me esquivei para dar um último selinho nela- Qualquer coisa é só me ligar!
Ela assentiu com um meio sorriso e eu sai do quarto. Não tinha ninguém no andar de baixo, nem a Zoe. Peguei meu carro na garagem e fui direto pra casa. Acho que tinha uns cinco minutos que eu tinha saído da casa da Candi quando o celular começou a apitar no meu bolso esquerdo. Peguei-o sem desviar os olhos do volante e tinha chegado um SMS dela.
"Você devia voltar a ser o meu segurança, gostava da exclusividade! Te amo gatinho, já estou com saudades - C”.
Gargalhei assim que terminei de ler aquilo e continuei a dirigir. Essa é a minha Candi. Nisso acabei me lembrando de que não tinha ligado pro Chaz. Eu precisava contar pra ele o mais rápido possível o que estava acontecendo. É um tanto confuso, mas é real, estamos juntos e isso muda muitas coisas. Alguns poucos minutos depois cheguei ao meu apartamento. Emma estava sentada no sofá vestida apenas com uma lingerie lisa de ceda que batia em suas coxas. Ela estava vidrada na TV comendo um balde de pipoca que estava pela metade. Ela sorriu ao notar minha presença e eu apenas devolvi um sorriso sem graça e caminhei até a cozinha. Peguei um copo de Uísque e coloquei algumas pedras de gelo, depois voltei pra sala e me sentei ao seu lado. Estava passando Friends, um seriado de TV americano que eu adoro e que nós costumávamos assistir juntos quando namorávamos. De repente ela me olhou como se já soubesse o que eu estava pensando.
- O terceiro episódio da segunda temporada sempre foi o nosso preferido. - ela sorriu largamente oferecendo pipoca - E sua personagem preferida sempre a foi a Jeniffer Aniston só por que ela largou o noivo no altar.
- Isso é legal tá! - falei rindo e pegando um pouco de pipoca- Você gostava do Ross e dizia que queria ter uma filha como a Emma, a filha que eles tiveram lembra?
- E ainda quero! - disse séria - Sabe, ela é uma gatinha, eu quero apertar ela a cada segundo que tem uma cena dela.
- Ela é uma criança normal, não vi nada demais, está falando isso só por que ela tem o seu nome.
- Que ousadia! - exclamou como se aquilo fosse um absurdo - Seu tapado, não é nada disso, ela é fofa e ponto. - ela fez bico - Você não a acha uma criança adorável?
- Igual vodca e água de coco.
- Idiota! - ela deu um tapa no meu pescoço- Acho que você só vai ser sensível no dia que você tiver seus próprios filhos.
- Mas eu sou sensível! - protestei - Muito sensível, aliás.
- Sensível? - ela pigarreou- Você?
- Aham, já se esqueceu de quantas vezes eu comprei flores pra você?
- Uau, isso que é sensibilidade, você sempre me trazia margaridas e eu ficava espirrando por duas semanas seguidas.
- É mesmo! - gargalhei ao me lembrar daquilo- Só que você nunca reclamou, eu achei que gostava.
- É que era tão fofo que eu tinha vergonha de dizer que tinha alergia, por mais que isso aconteça, elas sempre serão as minhas preferidas.
- Pelo menos eram flores bonitas.
- Você fez o seu melhor Bieber! - ela riu - Aliás, minha mãe plantou algumas delas e elas brotaram acredita?
- Sério? - perguntei surpreso.
- Sim, o jardim está repleto de margaridas.
- E ai você fica espirrando o tempo inteiro?
- Não besta! - ela me deu outro tapa - Eu não fico muito no jardim.
- Estou com saudades da sua mãe, eu gostava do purê de batata que ela fazia.
- Ela ainda me diz que nós temos que nos casar! - falou rindo- Mas olha quanto ao purê eu faço no jantar se você quiser, ela me ensinou direitinho.
- Graças a Deus ganhei uma cozinheira!
- Não se acostuma não, logo eu arrumo um apartamento e você morre de fome.
- Eu pago uma senhora, mas ela está viajando desde semana passada e isso é horrível por que eu não sei fazer nada.
- Mentira, você sabe fazer noodles. - ela riu provavelmente se lembrando de quando eu coloquei molho de limão no noodles e ele ficou preto por que eu coloquei no micro-ondas, cara, vou rir pra sempre disso.
- Não me lembra de uma coisa dessas! - pedi rindo - Olha, eu estava tentando impressionar os seus pais e fiz uma merda.
- Eles gostaram de você, é isso que importa! - ela não conseguia conter o riso.
- E tudo acabou em quatro pessoas comendo pizza.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Protected in Paradise

Capítulo 17 - Jealous




 


Justin P.O. V
Era um feriado de segunda-feira muito chato. Eu mal tinha conseguido levantar da cama de tanto sono que estava eu só queria poder dormir a manhã inteira. Mas eu precisava falar com o Chaz sobre o que tinha acontecido sobre eu e a Candice estarmos juntos. Quer dizer, é oficial não é? Não tem mais como fugir disso, não importa qual seja o meu papel aqui, eu me apaixonei por ela, nós nos completamos e não tem como mudar isso. E apesar de ela não ter me deixado puto da vida ontem quando não me deixou entrar em casa eu não conseguia sentir mais raiva de nada. Eu só estava com saudades, com muitas saudades de sentir os lábios dela no meu, por que isso é algo completamente viciante. Antes de ligar pro Chaz pedi um lanche na padaria da esquina, a Candi que começou com essa história de padaria, eu sempre como qualquer besteira que tenha no armário, mas bem que estou gostando dessa coisa de café da manhã reforçado todos os dias. No momento em que peguei o celular pra ligar pro Chaz ele começou a tocar de forma gritante nos meus ouvidos e era Candi, parecia até telepatia.
- Alô! - atendi ainda assustado com o barulho repentino.
- Bom dia amor. - sua voz soou doce como a de um anjo.
- Bom dia Candi! - suspirei cansado me sentando no sofá- Que milagre é esse você acordando cedo?
- Nada, é que eu não consegui dormir essa noite.
- Por quê?
- Eu estava pensando em nós. - foi impossível não sorrir ao ouvir aquilo.
- Hum, em nós é? - tentei parecer seco- E o que você estava pensando?
- Que a gente nasceu um pro outro.
- Ah...
- Você não acha?
- Candice você não pode fazer aquele showzinho e depois vir falar comigo como se nada tivesse acontecido, quando você está um relacionamento as coisas não funcionam assim.
- Não foi um showzinho! - ela se defendeu- Eu só não queria parecer frágil pra você, mas foi exatamente o que aconteceu, Justin eu não quero te perder então toda vez que eu estiver prestes a agir como uma idiota eu vou recuar tá bom?
-Você pode ser você mesma por que eu te amo de todo o jeito.
-Tudo tem um limite! - ela aumentou o tom - Mas eu não quero falar sobre isso, eu liguei por que estou com saudades, liguei pra pedir desculpas, eu só queria ouvir sua voz...
- Você já tomou café da manhã?
- Ainda não. - respondeu num suspiro- Na verdade ainda estou na cama.
Dei risada.
-Eu sabia. - troquei o telefone de ouvido - Vem lanchar comigo? Eu já pedi...
- Já tô indo gato, só vou me trocar! - ela disse empolgada assim de repente.
- Eu ainda tenho que me acostumar com as suas mudanças de humor. - ri pelo nariz- Tô te esperando, aliás, quer que eu vou te buscar?
- Não precisa, o motorista me leva.
- Ah tá, esqueci que a mocinha tem motorista particular. - disse com uma voz provocativa.
- Você é muito chato Bieber! - falou rindo.
- Eu digo o mesmo de você Srta. Mackenzie!
- Vou desligar seu insuportável, te vejo agorinha.
- Te amo feiosa, vem logo. - desliguei o celular com aquele sorriso bobo de sempre.
Eu fico muito bleh quando estou apaixonado. Sério, é tipo um saco você ficar pensando em uma pessoa vinte e quatro horas por dia, ficar tentando imaginar como essa pessoa está o que ela está fazendo, se ela está pensando em você e quando vai vê-la de novo, você fica relembrando os momentos com ela e desejando que tudo dure pra sempre e que dê tudo certo no final. Logo você já está certo de que ela é a mulher da sua vida e você já pode até imaginar como seriam os filhos que você tem certeza que vai ter com ela no futuro. É assim que sempre acaba, você rindo sozinho como um idiota por que ela te pegou de jeito, ela virou a sua cabeça, te enfeitiçou e agora, agora o sorriso dela é tudo que te importa, agora você vive pra fazê-la feliz, só pra isso e mais nada. Por que é tudo sobre ela. Tinham passado apenas dez minutos desde que desliguei o celular e quando finalmente ia ligar pro Chaz a campainha tocou, é, acho que alguém lá em cima não está querendo que eu fale com ele. Não podia ser a Candi, mesmo que ela estivesse muito louca pra me ver ela nunca conseguiria chegar aqui em tão pouco tempo, nem quando eu dirijo em alta velocidade chegamos a menos de 20 minutos imagina com aquele motorista mosca morta dela.
Devia ser o meu café da manhã, conclui indo abrir aporta. Eu estava só de Box, mas isso não importa, eu só vou pegar o lanche, não tem nada demais nisso. Ajeitei meu cabelo que estava com o topete bagunçado e abri a porta de cabeça baixa ajeitando os fios rebeldes. Mas parecia que não ia funcionar muito se eu não o lavasse e secasse com o secador. O negócio é que eu sou muito chato com esse lance de cabelo e de andar sempre bem arrumado. Acho que é uma das coisas essenciais em um homem. Sempre estar à altura de uma mulher desejável, entende? Não que eu me importe com as outras mulheres, é, eu estou com a Candi, isso não deveria me importar mais. Só que eu também quero parecer atraente pra ela, e é legal as outras garotas me verem com ela e dizer ' Olha lá, essa garota é muito sortuda'. Não estou me gabando, só constatando os fatos.
- São 20 dólares não é? - perguntei levantando a cabeça.
Meu queixo caiu.
Era ela. Porra era ela bem ali na minha frente com aquele sorriso tímido, quase imperceptível. Pisquei várias vezes seguidas esfregando os olhos pensando ser apenas um sonho. Mas não. Era realmente real. Emma Morley estava ali na minha frente me esperando demonstrar alguma reação. Seus cabelos loiros ainda eram os mesmos de sempre caídos de forma esbelta em seus ombros. Sua feição pálida e seus olhos verdes me encaravam enquanto ela franzia o cenho da mesma maneira que ela costumava fazer a quase dois anos atrás. Ainda tinha o mesmo estilo, estava vestida com uma blusa preta de mangas cumpridas que tinham alguns detalhes roxos, a blusa estava por dentro de uma saia roxa que batia em suas coxas, ela estava com uma meia calça preta de listras e uma bota da mesma cor, sem salto, que batia no seu joelho. Eu ainda tentava entender a imagem dela parada na porta do meu apartamento, eu ainda tentava assimilar as coisas, como ela veio parar aqui? Como? Isso não faz o menor sentido pra mim.
- Não vai me convidar pra entrar? - ela sorriu me despertando de meus pensamentos.
- Claro! - gaguejei ajudando ela a pegar as duas malas que estavam prostradas ao seu lado - Fique a vontade.
- Obrigada! - ela entrou apenas com a sua bolsa de lado e tateou cada canto da sala e metade da cozinha que dava pra ver e logo pegou um dos porta retratos que estava em cima de uma estante - Você não faz ideia de como a Jazmyn está linda!
- Já têm mais de cinco meses que não há vejo! - disse colocando as malas dela pra dentro e fechando a porta - Você tem visto eles?
- Eu os vi ontem de ontem, eles almoçaram lá em casa, eu fiz um almoço de despedida sabe...
- Você vai morar em Jacksonville? - arregalei os olhos.
- Justin eu entendo por que você me deixou. - ela colocou sua bolsa no sofá.
- Entende? - arqueei uma sobrancelha.
- Sim, eu realmente entendo e quero que você saiba que tudo que eu sofri depois que você foi embora, eu já esqueci, eu esqueci por que agora eu consigo entender o que está acontecendo.
- Emma eu...
- Você só fez o que era certo, era o seu sonho, você simplesmente o seguiu. Parabéns, não deve ter sido fácil escolher entre duas coisas que você amava tanto...
- Eu... Nós...
- Você me amava, não é? Era real, eu sei que era.
- Sim, mas...
- Então, é exatamente por isso que eu não te culpo, eu juro as coisas só aconteceram do jeito que tinham que acontecer, foi bom enquanto durou, foi ótimo e eu entendi.
- Por que você está aqui? - perguntei ainda confuso com as palavras dela.
Mas antes que ela respondesse a campainha começou a tocar. Devia ser o café da manhã, eu estava morrendo de fome, de verdade eu acho que não comia há anos. Só que ao abrir a porta não era o café da manhã. Era a Candice. Sim, eu tinha me esquecido por um breve segundo de que ela estava vindo pra cá. Ela me deu um selinho rápido, estava com uma bolsa de lado e o café da manhã nas mãos, toda sorridente, parecia um anjinho.
-Eu paguei o café hoje, viu só como sou legal! - ela passou por mim animada e parou de sorrir no exato momento em que viu a Emma sentada no sofá - Quem é ela?
- Ela é a Emma. - disse me virando após fechar a porta- Ela veio do Canadá.
- Hum, Emma. - ela exclamou ao perceber de quem se tratava - Você já me falou sobre ela, se eu não me engano é a sua ex-namorada não é?
- Sim. - falei sem jeito- Ela acabou de chegar de viagem.
- Ah tá. - ela colocou a bandeja em cima da mesinha- Olá Emma! - disse seca sem se quer fingir um sorriso.
-Oi! - Emma abriu um sorriso largo - Justin nem sabia que eu vinha, queria fazer uma surpresa, desculpa se eu atrapalhei o plano de vocês dois...
- Não, está tudo bem. - falei abraçando Candi pelo ombro- O que acha de tomarmos café da manhã? Isso parece estar uma delícia.
- Parece mesmo. - concordou Emma olhando aquelas panquecas americanas recheadas de chocolate - É como se você tivesse adivinhado que eu estava chegando por que você sabe, é a minha preferida.
- Coincidência. - murmurei - Ah, essa é a Candice, esqueci-me de falar o nome dela...
- Candice! - ela exclamou levantando o olhar - Belo nome, é a nova bebezinha que você tem que proteger?
-Não querida Emma! - disse Candi furiosa- Eu sou a namorada dele. Bom, pelo menos eu achava que era agora nem sei mais.
- Não sabe? - ela provocou - Ah, me desculpe, é que eu achei que...
- Você não tem que achar nada cara, é a minha vida e não a sua. - Candi pegou a bolsa dela em cima da mesa e se virou em direção à porta me empurrando- Eu já tô indo embora, bom café da manhã pra vocês.
- Candice para com isso, espera! - segurei o braço dela.
- Justin me larga! - ela soltou o braço de mim - E não adianta vir atrás de mim, eu acho que vocês têm mais o que fazer relembrar os velhos tempos parece uma ótima alternativa. - ela lançou um olhar de fúria para Emma e em seguida saiu batendo a porta com força.
- Merda! - resmunguei batendo o pé no chão.
- Ela é bem estressadinha hein. - murmurou Emma se deliciando de uma das panquecas que naquele momento perderam totalmente o gosto pra mim- Não muito educada, rude, explosiva, rebelde, bipolar e eu até arriscaria doida. - ela sorriu maliciosa limpando o canto da boca que estava sujo de chocolate.
- O que você está fazendo aqui? - perguntei rude.
- Calma ai Bieber! - disse na defensiva- Não tenho culpa dela ser toda maníaca.
- Você não ouviu o que eu perguntei?
- Eu preciso ficar aqui na sua casa, preciso ficar aqui.
- Por quanto tempo?
- Só até eu arrumar um apartamento.
- Mas por que você está aqui? Eu não entendo você nem se quer avisou...
- Justin eu tranquei a faculdade.
- Você o que? - arregalei os olhos- Emma você já estava no terceiro ano, onde você está com a cabeça pra fazer isso? Só falta tipo alguns anos e você se forma em Direito...
- Eu sou uma nova agente do FBI! - ela me interrompeu, por mais que tentasse pronunciar alguma palavra elas simplesmente não saiam, ficavam travadas na minha garganta seca - O Chaz, ele me recrutou pra cá. As minhas notas foram todas As, só tenho três B, sou a melhor aluna da turma de Direito da faculdade desde que você saiu então ele me chamou, no começo eu achei meio loucura, ele me contou sobre tudo e eu finalmente entendi por que você tinha vindo pra cá, você só estava seguindo o seu sonho, você sei lá, foi chamado pelo FBI, é o sonho de qualquer Universitário de Direito, então, eu realmente entendo, eu não te odeio mais pelo que você fez, eu só consigo sentir orgulho do que você se tornou.
- Emma - gaguejei perplexo - Você vai entrar pra equipe?
- Eu já estou nela. - falou animada- No mesmo departamento que você, investigações criminais relacionadas à política e outras coisas lá que o Chaz me contou, ele me disse pra vir pra cá, aliás, eu achei que ele já tinha te avisado.
- Ele não me disse nada. - murmurei me sentando no sofá ainda chocado- Você não pode fazer isso Emma, não pode.
- Por que não? Eu sei que é arriscado, mas e dai, é o meu sonho, você sabe disso, quantas vezes conversamos sobre essa possibilidade e acabamos rindo e dizendo que sonhávamos alto demais? Se lembra? Por que eu me lembro Justin, e olha só aonde estamos agora.
- Emma isso não faz sentido. - afundei meus dedos no meu cabelo- Você não pode ficar aqui em casa, eu tenho uma namorada e você é a minha ex.
- Aquela pirralha? - ela riu debochada- Porra Bieber, você virou pedófilo agora é?
- Ela não é uma pirralha. - falei irritado - Por favor, não se refira a ela dessa maneira.
- Ah, então virou babá? Sei lá, quantas vezes você troca as fraldas dela por dia?
- Emma é serio para. - pedi tentando me controlar - Isso não tá certo, não dá pra você morar aqui, simplesmente não dá.
- É só até eu arrumar um apartamento, por favor, Justin, não custa nada, você sabe que eu jamais negaria isso pra você caso você precisasse.
- Eu sei, mas Emma...
- Por favor, Biebs! - ela insistiu manhosa com o apelido que costumava me chamar.
- Argh, tudo bem. - suspirei derrotado- Mas você tem que arrumar logo tá bom?
- RÁ, eu prometo! - ela gritou correndo para me abraçar - Você é demais, obrigada!
- Tá! - me desfiz do abraço assim que seu perfume inebriou as minhas narinas provocando um arrepio na espinha - Agora eu tenho que ir atrás daquela maluca.
- Ainda bem que você reconhece. - provocou rindo e voltando a comer as panquecas - Não vai querer?
- Não, eu vou atrás dela. Você não faz ideia do que ela é capaz de fazer quando está com raiva.
- Imagino. - ela ligou a TV.
- Se der fome mais tarde liga pra um restaurante, o número tá pregado na geladeira, se alguém ligar diz que eu retorno mais tarde e ah, não sei quando eu vou voltar então não fica preocupada tá? Meu número tá na agenda ai do lado do DVD e você pode colocar suas coisas no quarto de hospedes, lá não tem banheiro mas você pode usar o meu...
- Relaxa Justin, eu entendi! - ela riu do meu desespero ao pronunciar as palavras.
Forcei um sorriso e peguei a chave da minha Range Over para ir atrás da Candice. Aonde será que aquela garota tinha se metido? Será que vai ser sempre assim? Quando tudo parece estar bem ai vem uma coisa pra atrapalhar completamente o nosso romance. Estava parado em frente a uma joalheria esperando o sinal abrir quando tive uma ideia magnifica. Parei o carro ali mesmo no acostamento e corri para dentro da loja. A moça que me atendeu era uma puta de uma gostosa, estava com uma roupa comportada, porém era impossível não notar o quanto o desenho de suas pernas torneadas era incrivelmente sexy. Porém isso não importa, eu estava ali para comprar um presente. Pra minha Candice.
- Posso ajudar? - perguntou sorridente a moça dos olhos pretos e misteriosos do outro lado do balcão.
- Sim, eu queria um anel de compromisso.
- Hum, tem uma ideia de como vai querer? - ela mordeu os lábios com força.
- Não, na verdade eu não sei escolher essas coisas sabe...
- Entendi - ela riu- Quantos anos tem a sua namorada?
- Ah, ela tem vinte e dois. - menti.
- Bom, então acho que esse aqui é perfeito... - ela falou pegando na vitrine um anel dourado com um diamante brilhante bem pequeno, não tinha nada a ver com a Candi.
- Não, acho que não combina... - falei franzindo o cenho- Pega esse aqui pra mim! - pedi apontando para um ANEL prata cheio de strass e com um coração amarelo- Ele é lindo.
- Aqui está. - ela colocou o anel em minhas mãos- E é uma peça rara, aliás, é a única que chegou aqui na loja, mas eu acho que para uma mulher de vinte e dois... - a interrompi.
- É perfeito. É a cara dela, quanto custa?
- 10 mil dólares.
- Certo, eu vou levar. - falei sem pensar duas vezes tirando o cartão da carteira - Tem como colocar em uma caixinha amarela e escrever Justin nele?
- Amarela? - ela me olhou confusa.
-Sim, é a cor preferida da minha garota.
- Oh, entendi. - murmurou ainda sem entender, mas pra que entender? Estou falando da Candice, ela é previsível, tem uns gostos estranhos, é uma maluca sonhadora.
Passei o cartão e em apenas alguns minutos peguei a sacola com o anel que estava bem guardado dentro de uma caixinha amarela muito linda fechada com um lacinho branco. Sorri de orelha a orelha e sai da loja. Assim que cheguei ao meu carro quis chutar a lataria de raiva ao notar que tinha uma multa de 500 dólares colada no visor do carro. Que merda, eu tinha estacionado em local proibido. Mas tudo bem, eu apenas respirei fundo e entrei no carro. Eu estava indo ver a Candi não é? Tudo ia ficar bem, era só uma multa, nada demais.
Passei pelo portão da casa dela e estacionei o carro na garagem. Eu sabia, aliás, eu tinha certeza de que ela não estava em casa, só queria me certificar. Eu a conheço melhor do que ninguém, sempre que fica com raiva sai por ai cometendo uma besteira atrás da outra. É a melhor maneira que ela encontra para aliviar a tensão. Ao adentrar a sala fui surpreendi por Thomas e Collin que estavam de saída. Eles me olharam diferente, quer dizer, eles tinham um sorriso travesso em seus lábios.
- Justin! - exclamou Thomas me abraçando de lado- Finalmente você apareceu.
- E ai cara! - Collin me cumprimentou com um aperto de mão - Você sumiu.
- É Candi resolveu se comportar esses dias. - ri pelo nariz - Ela está ai? Se não estiver eu vou atrás dela, ela entendeu tudo errado... - Thomas me interrompeu.
- Ela está lá em cima, chegou com uma cara triste, nunca vi ela desse jeito.
- Se você magoar a minha irmã eu vou cortar seu pinto doido! - afirmou Collin.
- Eu não vou fazer isso! - ri pelo nariz- Mas espera, você disse que ela está em casa?
- Sim, ela chegou a pouca mais de meia hora, eu pensei que ela tinha ido pra sua casa...
- Na verdade ela foi, mas aconteceu uma coisa, em fim.
- Tá certo, vai lá conversar com ela, se acertem, eu estou muito feliz por vocês.
- Ela já contou então? - eu estava constrangido.
- Sim, e não precisa ficar com essa cara! - Thomas me consolou- Eu não estou bravo, estou feliz, eu gosto de você Bieber, você é um ótimo rapaz.
- Obrigada, sério, obrigada mesmo. - foi tudo que eu consegui dizer antes de correr até as escadas para procurar a Candice.
Abri a porta e ela estava deitada em sua cama ouvindo música com seus fones de ouvido rosa. Seus cabelos quase tampavam seu rosto e suas pernas descobertas pareciam arrepiadas por causa do frio. Ela cantava baixinho ' A Drop in the Ocean', a música que ela tinha tocado pra mim ontem de ontem. Sorri como um bobo ao vê-la ali daquele jeito e me senti um completo idiota por ter pensado que ela estava na rua procurando algo muito estúpido pra se fazer. Aproximei-me da cama e me sentei ao seu lado bem próximo a sua cabeça, acariciei seu rosto e ela se virou na minha direção com um sorriso torto. Sorri de volta com o melhor sorriso que eu poderia dar.
- Justin? - sua voz soou quase imperceptível enquanto ela tirava os fones de ouvido e se escorava na cabeceira da cama.
- Oi princesa! - falei dando um selinho demorado nela - Eu vim ver você.
- Sai pra lá! - ela me empurrou fazendo cara feia- Eu ainda estou brava com você.
- Me desculpa amor! - pedi segurando as mãos dela - Vai trocar de roupa, eu quero te levar pra um lugar muito sensacional.
- Que lugar? - ela perguntou curiosa.
- É surpresa bobona, vai se arrumar vai, anda logo.
- Mas Justin eu deveria ficar com raiva não é? Isso não está certo...
- Sem drama, eu sei que você tá morrendo de vontade de ir.
- E tô mesmo. - ela riu agarrando meu pescoço e beijando meus lábios com ferocidade- E muito feliz por você estar aqui.
- Vai ser sempre assim, eu prometo Candice.